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domingo, 30 de março de 2014

O discurso machista é hegemônico na sociedade brasileira?

(fonte da imagem: http://arttemiarktos.wordpress.com/2010/12/03/machismo-mata-feminicidio-do-privado-ao-publico-do-%E2%80%98passional%E2%80%99-a-associacao-criminosa/)



Olá a todos!


            Proponho nesta postagem o debate de um tema bastante polêmico que chamou a atenção de todos, inclusive da presidente Dilma, neste mês de março: a pesquisa do Ipea sobre a visão que os brasileiros possuem sobre a identidade feminina. Segundo a pesquisa, boa parte da sociedade brasileira possui uma visão repressora a respeito do comportamento feminino. Como é um assunto atual que envolve o cotidiano da sociedade brasileira, eu proponho que, considerando os textos a seguir apenas como motivadores, redija um artigo de opinião sobre o seguinte tema:

O discurso machista é hegemônico na sociedade brasileira?

Sugiro a leitura das seguintes reportagens para que vocês fiquem melhor informados sobre a pesquisa:




Lei Maria da Penha não consegue reduzir homicídios de mulheres, diz Ipea
Carolina Sarres,
A Lei Maria da Penha não teve impacto sobre a quantidade de mulheres mortas em decorrência de violência doméstica, segundo constatou um estudo sobre feminicídio, divulgado hoje (25) pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara. De acordo com os dados do instituto, entre 2001 e 2006, período anterior à lei, foram mortas, em média, 5,28 mulheres a cada 100 mil. No período posterior, entre 2007 e 2011, foram vítimas de feminicídio, em média, 5,22 mulheres a cada 100 mil.
Entre 2001 e 2011, estima-se que cerca de 50 mil crimes desse tipo tenham ocorrido no Brasil, dos quais 50% com o uso de armas de fogo. O Ipea também constatou que 29% desses óbitos ocorreram na casa da vítima – o que reforça o perfil das mortes como casos de violência doméstica.
Feminicídio é o homicídio de mulheres em decorrência de conflitos de gênero, geralmente cometidos por um homem, parceiro ou ex-parceiro da vítima. Esse tipo de crime costuma implicar situações de abuso, ameaças, intimidação e violência sexual. 
Para o Ipea, o decréscimo em dez anos é "sutil" e demonstra a necessidade da adoção de outras medidas voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher, à proteção das vítimas e à redução das desigualdades de gênero.
Em relação ao perfil das principais vítimas de feminicídio, o Ipea constatou que elas são mulheres jovens e negras. Do total, 31% das vítimas têm entre 20 e 29 anos e 61% são negras. No Nordeste, o percentual de mulheres negras mortas chega a 87%; no Norte, a 83%.
Entre os estados brasileiros, o Espírito Santo é o que mais registrou assassinatos de mulheres entre 2009 e 2011, 11,24 a cada 100 mil – muito superior à média brasileira no mesmo período. Em seguida, outros estados com alta incidência de homicídios de mulheres foram a Bahia (9,08), Alagoas (8,84) e Roraima (8,51).
Em contrapartida, os estados com a incidência mais baixa foram Piauí (2,71), Santa Catarina (3,28), São Paulo (3,74) e Maranhão (4,63). No caso do Piauí e do Maranhão, o Ipea estima que a baixa incidência seja decorrente da deficiência de registro.
De acordo com o Ipea, 40% de todos os homicídios de mulheres no mundo são cometidos por um parceiro íntimo. Em relação ao homem isso não ocorre. Apenas 6% dos assassinatos de homens são cometidos por uma parceira.

(fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/26050)

11 comentários:

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  2. Esse é o País em que vivemos, o Brasil onde não só as belezas naturais chamam atenção,mas também onde seu povo ainda vive de um pensamento primitivo,sem cultura, machista e inconsciente do que diz,uma pesquisa feita recentemente pelo Ipea demostra o pensamento equivocado e sexista da população brasileira.Onde mulheres são consideradas um Ser inferior, submissas aos homens,onde estão a legislatura dos direitos igualitários? onde está escrito que uma mulher pode se julgada e até mesmo "punida" pela sua forma de se vestir ou de agir?.
    Há seculos atrás a mulher não exercia os mesmo direitos que os homens,deviam viver para o lar,para a família que construirá,mas aos tempos mudaram,ou pelo menos pensávamos que tinha mudado, as mulheres evoluiram, deram seus passos e conquistaram seu lugar ao sol,hoje como prova do valor das mulheres, temos uma figura feminina no poder do nosso país.Então porque ainda presenciamos essas barbaridades?
    Podemos notar que a sociedade não evoluiu tanto, que ainda persiste aquele pensamento sexista de tempos atrás, 65% da população brasileira acredita que uma mulher merece ser estuprada pela forma que se vesti, ou que se comportassem melhor, iria abaixar as taxas de estupros e isso não é desculpa pra esse crime tão nojento,ninguém merece ter seu corpo violentado.Como país independente, livre, as pessoas tem o direito de serem como quiserem, de acordo com sua cultura.
    A lei maria da Penha, consiste contra a violência causada as mulheres, punindo os agressores desse mal,mas devia ser mais rígida pois a vários casos de violência contra mulheres que ficam impúnheis, ou só são vistos quando já é tarde demais,Elas não são propriedades de homem nenhum, são livres para agirem como quiserem. A culpa do estupro e da violência não é da mulher. Lutemos por um pais mais justo.

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    1. Olá Juliana.

      Pontos positivos do texto:

      Domínio sobre o assunto;
      A defesa de um ponto de vista.

      Pontos a melhorar:

      Você precisa ter mais atenção nos seguintes aspectos gramaticais:
      Uso de letras maiúsculas: "Lei Maria da Pena" em vez de "lei maria da Penha";
      As regras de uso da vírgula;
      Uso do sinal indicativo de crase (causadas às mulheres);
      Uso adequado dos conectivos: "não evoluiu tanto, pois ainda" em vez de "não evoluiu tanto, que ainda";
      Você fez muitas perguntas e não as respondeu. Esse tipo de erro prejudica a progressividade do seu texto e, consequentemente, a sua nota;
      Estude os usos de por que, porque, por quê e porquê.
      Revise adequadamente o seu texto para evitar erros gramaticais;
      Evite o emprego de palavras e expressões mais coloquiais em suas redações, como "pra",
      Estude mais regência nominal e regência verbal.

      nota: 4,25

      Essa nota pode variar conforme o peso que as bancas dão aos erros gramaticais. Na UnB, por exemplo, sua nota dificilmente ficaria acima de 4, já que o excessivo número de erros gramaticais compromete substancialmente a nota dos estudantes.
      Mas não desanime!
      Continue praticando para ficar cada dia melhor.
      =D

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  5. TEMA: O DISCURSO MACHISTA É HEGEMÔNICO NA SOCIEDADE BRASILEIRA?

    O discurso machista ainda é evidente na sociedade brasileira. Embora as mulheres tenham conquistado direitos e espaço público ao longo da história, o conservadorismo patriarcal ainda perpetua no meio social, o que, sem dúvida, prejudica a necessária equidade entre homens e mulheres
    .
    Historicamente, as mulheres no Brasil são, por vezes, vítimas de intolerância, violência e discriminação. Aliás, a luta pela igualdade de gênero vem de longa data. No século passado, elas consquistaram a capacidade eleitoral ativa – o voto. Na década de 60, lutaram pelo fim de uma estrutura de comando em que somente os homens tinham acesso ao poder. Desde 1.988, a Constituição Federal também avançou no sentido de reconhecer igualdade de direitos e obrigações na relação matrimonial e familiar. Não menos importante, a Lei Maria da Penha, de 2006, emergiu a preocupação do Estado em zelar pela dignidade física e psicológica da mulher.

    No entanto, endossar leis é, certamente, um sintoma persistente de um país que, apesar da aparente evolução nessa luta, não se livrou ideologicamente das heranças coloniais, em que a brutal desigualdade de gênero e um arraigado discurso machista ainda vigoram, em determinados momentos, no pensamento e nos valores sociais. Essa situação é claramente reconhecida, inclusive, com a recente pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), na qual boa parte dos homens se expressaram no sentido de que o fato da mulher usar roupa decotada e curta justificaria, de certa forma, uma ofensa – moral, física ou psicológica, o que demonstra que a sociedade brasileira precisa avançar no combate à violência contra a mulher.

    Nota-se, portanto, que, na prática, o discurso machista é hegemônico, no qual torna a equidade de gênero não mais que uma utopia. Afinal, por maiores que tenham sido os avanços legais e sociais, a justa equivalência entre homens e mulheres – desde o direito ao respeito - só se legitimará, plenamente, quando os valores da esfera privada estiverem dissociados de pensamentos como aquele da recente pesquisa.

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    1. Que texto espetacular Rômulo!

      Pontos positivos:

      Domínio do tema;
      Excelente argumentação;
      Vasto repertório vocabular;
      Uso preciso de conjunções e preposições para a progressividade do texto;
      Organização das ideias;
      Uso adequado da norma padrão do português.

      Só tenho duas observações relacionadas à gramática a fazer:

      Você deveria ter escrito "1998" em vez de "1.998", já que o ponto final é desnecessário nesses casos;
      E ter escrito " uma ofensa – moral, física ou psicológica –, o que" em vez de "uma ofensa – moral, física ou psicológica, o que".

      Nota: 10!

      Continue praticando!

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  6. Por que parou de postar temas professor?

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    1. Tive alguns imprevistos neste mês e tive que me dedicar a um concurso específico.
      Voltarei a publicar novas postagens com propostas e reflexões acerca do processo de escrita.
      Sua visita e seus textos serão sempre bem-vindos a este blog.

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    2. Não irá mais corrigir professor ?

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  7. Em pleno seculo XXI e ainda que as mulheres tenham expandido seus direitos e deveres na sociedade,o machismo e a superioridade dos homens ainda domina o mundo,e isso é claramente notável quando falamos de violência domestica ou violência contra a mulher.
    As mulheres tem muitos meios de proteção hoje em dia,a Lei Maria da Penha foi uma grande conquista para as mulheres que sofrem violência diariamente,porém nem mesmo ela fez mudanças consideráveis,muitas mulheres ainda morrem,apanham todos os dias no Brasil. A tecnologia avança cada dia mais,a modernidade só aumenta,mas a mentalidade da maioria da sociedade ainda é a mesma,os homens e não somente eles, como também algumas mulheres pensam que autoridade se baseia em força,e que homens são mais "fortes" que mulheres e por isso mandam nas situações,uma violência domestica geralmente acontece quando o homem é contrariado ou deixado pela parceira,ou seja,não aceitam situações cuja não estejam de acordo com elas,e por coisas banais matam ou agridem mulheres.
    É evidente que o machismo ainda prevalece em muitos aspectos no Brasil,ainda que as mulheres tenham conquistado um vasto espaço em tudo que diz respeito a igualdade social,ainda que a mídia nos mostre que a igualdade já é plena,ainda há muito o que se conquistar,a violência está longe de ser resolvida,a mentalidade dos homens ainda precisa ser mudada,e isso só será possível
    quando entendermos de fato que somos todos iguais e que a força geralmente física e a ignorância não nos dá moral,muito pelo contrário atrasa ainda mais a humanidade que dever andar pra frente e pensar com mais inteligencia,ao invés de regressar aos tempos em que homens eram "superiores" as mulheres.

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