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domingo, 31 de agosto de 2014

Proposta de redação sobre a mobilidade urbana


(fonte da imagem: http://fernandojornalismo.blogspot.com.br/2012/06/ha-muito-e-muito-tempo-atras-havia-um.html)

Olá a todos!

         Infelizmente, a imagem acima faz parte da rotina de milhões de brasileiros. Nesta postagem proponho que vocês abordem um tema crucial para toda a nossa população: mobilidade urbana. É um tema tão importante que uma das principais reinvindicações que fizemos no ano passado estava ligada à melhoria na qualidade do transporte público. Que tal praticar esse tema?

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A importância de políticas que melhorem a mobilidade urbana para o desenvolvimento do Brasil no século XXI, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

As cinco primeiras redações postadas nos comentários serão corrigidas GRATUITAMENTE.

Governo vai criar órgão para promover a integração de políticas urbanas.


RIO - Na próxima década há uma previsão de se dobrar o número de indústrias e de empresas de logística (que cuidam do transporte e armazenamento das mercadorias) no Grande Rio. A grande dúvida dos urbanistas é definir quais as áreas mais adequadas para receber estes novos empreendimentos numa região densamente urbanizada. Os caminhos serão indicados pela Câmara Metropolitana de Integração Governamental (CIG), que será criada no dia 11 de agosto através de decreto a ser editado pelo governador Luiz Fernando Pezão.
O governador e os prefeitos da Região Metropolitana vão formar a CIG, que terá um Grupo Executivo formado por técnicos da Subsecretaria Estadual de Urbanismo. Além de já iniciar os trabalhos de integração, serão feitos estudos que vão resultar na criação de um organismo que pode se assemelhar à antiga Fundação para o Desenvolvimento da Região Metropolitana (Fundrem), extinta em 1989. O projeto do novo órgão será levado à Alerj pelo futuro governador do estado em janeiro do ano que vem.
O novo órgão metropolitano vai ter como foco principal a mobilidade urbana, segurança, saneamento básico, uso do solo, saúde e educação. O objetivo, sobretudo em áreas como mobilidade e segurança, é promover políticas integradas e não mais setoriais e desarticuladas como acontece atualmente. O Grupo Executivo de Gestão Metropolitana será dirigido pelo atual Subsecretário Estadual de Urbanismo, Vicente Loureiro, e funcionará inicialmente apenas com técnicos do Estado. Ele defende a necessidade de se discutir um novo modelo de metrópole para o Rio de Janeiro, em virtude das transformações sofridas pela região ao longo das últimas décadas, além das que estão em curso, como aquelas provocadas pelo Arco Metropolitano:
— A Região Metropolitana do Rio precisa de um modelo definido por um plano estratégico que expresse o futuro que ela deseja . Não dá mais para adiar a criação de um órgão que planeje o Grande Rio como um todo. Existem assuntos de interesse comum, como é o caso da segurança e mobilidade, temas tipicamente de dimensão metropolitana. A CIG será um organismo de transição para que o próximo governador, com a aprovação da Alerj, tenha um instrumento para desenhar um novo modelo de metrópole – explicou Loureiro.
O governador Luiz Fernando Pezão disse que o novo órgão representa também uma tentativa de equilíbrio de recursos e políticas públicas:
— O desafio atual das metrópoles é saber partilhar poder. Pretendo que esse órgão seja um ambiente de encontro dos mandatários dos governos estadual e municipais com a finalidade de sairmos da visão setorial e discutirmos os temas de interesse comum, que exigem decisão conjunta, principalmente no que se refere à mobilidade e saneamento, e também à saúde e segurança.
Economista especializado em planejamento de transportes, Marcos Poggi é favorável à criação da CIG, mas alertou que a maior dificuldade para se conseguir sucesso é conseguir a disposição dos prefeitos para trabalharem em sintonia com o governo do estado. Por isso, segundo ele, não foi brilhante o resultado da Agência Metropolitana de Transportes, criada no governo Marcelo Alencar:
— A dificuldade decorre do fato de que, em geral, os prefeitos colaboram enquanto e se as medidas forem de seu interesse político. Caso contrário, no mínimo, deixam de colaborar. A criação da CIG, contudo, é louvável. O atual estágio do processo de urbanização do país está a impor a instituição de um modelo eficaz de governança metropolitana. Entre outras razões, porque as regiões metropolitanas englobam áreas municipais conurbadas. Quem vai à Pavuna pode, ao atravessar uma rua, sem saber, estar com um pé no município do Rio de Janeiro e o outro em São João de Meriti – comentou o economista.
No decreto que cria a CIG, o governador destaca que é imprescindível construir um modelo de governança metropolitana participativa, eficiente e moderna, com a participação das forças políticas, do empresariado e da sociedade. Também será estruturada a captação de recursos externos, de fontes nacionais e internacionais e, com financiamento do Banco Mundial, será contratada consultoria especializada para elaborar o Plano Estratégico da Região Metropolitana.
— É preciso desenhar qual tipo de metrópole queremos. Há 40 anos, Madureira era um dos mais importantes centros de comércio e serviços da região, um grande arrecadador de ICMS. Hoje, a Barra da Tijuca, que nem existia naquela época, contribui mais que ela na arrecadação de ICMS do Rio. São Gonçalo tinha tantas indústrias que era conhecida como a Manchester Fluminense, há tempos deixou de ser. Estas mudanças aconteceram sem qualquer planejamento prévio, o que é desaconselhável – observa Loureiro.

(Fonte: http://extra.globo.com/noticias/rio/governo-vai-criar-orgao-para-promover-integracao-de-politicas-urbanas-13460968.html#ixzz3C2IHVkXg)


Link para a minha dissertação de mestrado

Olá a todos!

Afirmo na descrição do blog que sou mestre em Linguística. Terminei o mestrado no ano final do ano passado na Universidade de Brasília. Caso tenham curiosidade em conhecer a minha dissertação de mestrado e a minha área de pesquisa, acessem: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/15220/1/2013_FernandoFidelixNunes.pdf

Um abraço,
Fernando

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Técnicas argumentativas


(fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia)

          Olá a todos!
      
         Nesta postagem vou discutir um tópico essencial para quem quer expressar melhor seu pensamento por meio da escrita em textos: técnicas argumentativas.
Argumentos são enunciados que usamos para, nos termos de Parelman & Obrechts-Tyteca (autores da prestigiada obra O Tratado da Argumentação), “provocar ou ampliar a adesão dos espíritos às teses que se apresentam ao seu assentimento”, isto é, são ideias expressas geralmente pela linguagem humana que empregamos para fazer que os nossos interlocutores concordem com o nosso ponto de vista sobre um determinado assunto. As técnicas argumentativas são, portanto, estratégias que usamos para apresentar nossos argumentos, geralmente com o objetivo de levar os interlocutores a aderirem ao nosso ponto de vista.
Esse tema é tão prestigiado que, embora tenha sofrido diversas críticas por parte de alguns teóricos, foi estudado e apresentado em tratados por grandes pensadores, como Aristóteles e, posteriormente, Arthur Schopenhauer. Sua importância para a sociedade moderna não tende a diminuir, o que pode ser comprovado facilmente ao vermos os debates entre os candidatos a um cargo político nas eleições de uma sociedade democrática.
         Como a capacidade de criar argumentos convincentes é, sem dúvida, uma competência muito exigida em diversas práticas sociais do nosso cotidiano e pelos exames do tipo vestibular, trata-se de uma habilidade que deve ser desenvolvida pelos estudantes que estão na educação básica e que precisamos aprimorar no decorrer de nossas vidas.
       Existem inúmeras técnicas argumentativas capazes de convencer e persuadir as pessoas. A seguir, apresentarei algumas das principais técnicas argumentativas.


Argumentação pelo Exemplo


A argumentação por meio de exemplos é feita quando sugerimos a imitação das ações de outras pessoas ou utilizamos ora acontecimentos da nossa vida cotidiana ora conhecimentos compartilhados por nossos interlocutores para expor a realidade e demonstrar que o ponto de vista defendido em nosso enunciado é o mais coerente com a realidade e, consequentemente, o mais plausível.
Essa técnica é muito empregada por políticos durante debates eleitorais. Eles se referem constantemente aos problemas enfrentados pelos eleitores em diversas situações da vida cotidiana, como filas intermináveis em hospitais e a falta de transporte público nas grandes cidades, para comprovar que o atual governo é incompetente e que não se preocupa com a população.


Argumentação por gradação, comparação e perguntas retóricas


A gradação diz respeito ao aumento/decréscimo progressivo de acontecimentos ou a uma sequência lógica de fatos interligados entre si. A comparação é feita quando, por exemplo, confrontamos ou contrastamos duas ideias, situações ou sujeitos sociais. As perguntas retóricas são perguntas cujas respostas podem ser subentendidas pelos interlocutores e, quando bem usadas, costumam levar os interlocutores a um diálogo consigo mesmos sobre a questão elaborada por seu interlocutor. Para que você perceba como essas as técnicas argumentativas podem ser usadas de forma conjunta, observe os argumentos utilizados pelo príncipe Míchkin, protagonista do romance O Idiota, de Fiodor Dostoiévski, para defender o seu ponto de vista sobre a pena de morte.

“... a dor principal, a mais forte, pode não estar nos ferimentos e sim, veja, em você saber, com certeza, que dentro de 1 hora, depois dentro de 10 minutos, depois dentro de meio minuto, depois agora, neste instante – a alma irá voar do corpo… Esse quarto de segundo é o mais terrível de tudo… Matar por matar é um castigo desproporcionalmente maior que o próprio crime. A morte por sentença é desproporcionalmente mais terrível que a morte cometida por bandidos. Aquele que os bandidos matam, que é esfaqueado à noite, em um bosque, ou de um jeito qualquer, ainda espera sem falta que se salvará, até o último instante… Mas, no caso de que estou falando, essa última esperança, com a qual é 10 vezes mais fácil morrer, é abolida com certeza; aqui existe a sentença, e no fato de que, com certeza, não se vai fugir a ela, reside todo o terrível suplício, e mais forte do que esse suplício não existe nada no mundo. (…) Quem disse que a natureza humana é capaz de suportar isso sem enlouquecer? Para que esse ultraje hediondo, desnecessário e inútil?”


O argumento de autoridade


Consiste em utilizar dados, informações e argumentos de instituições ou especialistas em um determinado assunto. Portanto, podemos usar as palavras vindas de uma voz mais prestigiada que a nossa para fortalecer a defesa de nosso ponto de vista.  

“De acordo com o IBGE, existem milhões de brasileiros que não possuem acesso ao saneamento básico. Portanto, os governos devem investir em projetos que facilitem a chegada de saneamento básico para a nossa população”.

“Segundo Jussara Hoffman, os professores precisam propor situações interativas e assegurar o máximo envolvimento possível do aprendiz. Portanto, a prática docente pode ser mais efetiva quando orientada para diversas atividades que estejam vinculadas ao cotidiano dos estudantes”.

“Antônio Candido, diferentemente de outros críticos literários, defende que a obra Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo, é um romance composto pela justaposição de cinco episódios independentes".


Argumento de causa-consequência


Consiste em expor ao menos uma causa de um problema e ao menos uma consequência decorrente desse fato. Essa técnica é primordial para comprovar a validade de uma medida, ou para mostrar os danos causados por um evento social. Uma forma muito comum de iniciar essa relação é por meio de orações subordinadas adverbiais causais.

“Devido ao clima seco desta época do ano, a escola funcionou em horário reduzido na semana passada. Infelizmente, o tempo perdido das aulas não poderá ser recuperado futuramente”.

“A criação de condições para a mobilidade urbana é essencial para que uma sociedade produza mais, já que as pessoas ficarão menos tempo presas no trânsito”.

Espero que tenham gostado desta postagem e aprendido mais sobre a argumentação. Futuramente, posso ampliar esta postagem com outras técnicas e exemplos.

Um abraço! 

domingo, 24 de agosto de 2014

Proposta de redação sobre o ensino integral

(fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/ensino-integral-624070.shtml)

Olá a todos!

                As eleições são um momento democrático único. É um momento em que há um amplo debate sobre o futuro do país e quais devem ser as diretrizes tomadas para que o nosso país se desenvolva cada vez mais.
                Nesse contexto, são abordados temas atuais e complexos. Dessa forma, aqueles que querem conhecer mais questões atuais precisam ficar de olho nos principais temas debatidos pelos candidatos, pois são temas que envolvem questões sociais fundamentais para o Brasil, como a educação. Ademais, é uma grande oportunidade para ver como cada ponto de vista é defendido pelos candidatos.
                Assim, redija um artigo de opinião sobre o seguinte tema:

A AMPLIAÇÃO DO ENSINO INTEGRAL É FUNDAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO DOS ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA?

As três primeiras redações deixadas no espaço destinado aos comentários serão corrigidas gratuitamente!

42% das propostas dos candidatos a governador incluem ensino integral

O ensino em tempo integral nas escolas estaduais é a promessa que mais se repete entre as propostas dos candidatos a governador nestas eleições, segundo levantamento feito pelo G1 em todo o país. Ao todo, 42% das propostas mencionam essa alternativa como uma das soluções para a educação em seus estados.
O G1 coletou as propostas dos candidatos aos governos dos 26 estados e do Distrito Federal em diversas áreas. Os temas variam de estado para estado e incluem educação, saúde, segurança, habitação, entre outros.
No assunto educação, as promessas mais mencionadas pelos candidatos foram o ensino integral (41,9%); valorização de professores, com redução de jornada de trabalho e aumento de salários (24,6%); e melhorias nas escolas, como reformas e construção de novas unidades (9%).
Segundo o Observatório do Plano Nacional de Educação (PNE), 4,9 milhões de estudantes em escolas públicas no país (de um total de quase 40 milhões) se matricularam em tempo integral no ensino fundamental – jornada escolar com sete ou mais horas de duração diária –, um aumento de 45% em 2013 em relação ao ano anterior.
A meta do PNE é de 25% dos alunos da rede pública no ensino integral em um prazo de 12 anos. Atualmente, são 13,2%.

DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBN/1996, a Educação Integral é o aumento progressivo da jornada escolar na direção do regime de tempo integral, valorizando as iniciativas educacionais extraescolares e a vinculação entre o trabalho escolar e a vida em sociedade.
A proposta de se implantar uma política de Educação Integral partiu da análise dos baixos índices da educação básica. Surgiu, pois, da necessidade de melhorar a qualidade da educação, reduzindo o fracasso escolar e proporcionando às crianças e jovens novas possibilidades de se desenvolverem. É um novo desafio para a educação pública brasileira, levando em consideração que vivenciam-se tempos de mudanças. Além disso, há que se considerar a complexidade da vida social contemporânea e as muitas e diferentes crises – de diferentes características – que perpassam a educação em nível nacional. Sendo assim, a possibilidade de se desenvolver este projeto nas escolas públicas encontra algumas limitações que dificultam o processo.
Mas aos poucos a realidade da educação pública no Brasil começa a mudar. Muitas escolas brasileiras já oferecem a opção do período integral, um alívio para os pais, que cada vez mais precisam trabalhar o dia todo e não conseguem dar o suporte que os filhos precisam
para serem bem sucedidos nos estudos. Acredita-se que os alunos, passando mais tempo na escola, têm a possibilidade de receber um apoio pedagógico, orientação educacional e usufruir de toda a estrutura da escola. (...)
                Uma proposta de educação em tempo integral precisa ser bem estruturada e organizada, caso contrário, corre o risco de representar mais uma sobrecarga de trabalho para os profissionais docentes. Trabalhar com a educação integral exige dos professores envolvimento, organização, preparação para enfrentar os desafios e disposição de toda a equipe escolar.
Os professores têm o dever de orientar os alunos, mas nem sempre conseguem dar uma explicação individual para cada um, pois as salas de aula geralmente estão cheias e fica difícil atender separadamente a todos. O período integral pode contribuir no sentido de ajudar o professor nesse atendimento, no horário fora da aula regular, uma pessoa devidamente preparada pode ajudar aqueles alunos que possuem mais dificuldades na aprendizagem e os alunos poderiam assim, sanar suas dúvidas e obter melhores resultados.

                

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Por que ler é tão importante para argumentarmos melhor?

(fonte da imagem: http://blog.silbachstation.com/2012_07_01_archive.html)



Olá a todos!

         Nesta postagem, discutirei um pouco a importância da leitura para que vocês desenvolvam melhor a capacidade de expressão por meio da escrita.
         Infelizmente, é bastante comum que as pessoas não tenham ideia do que escrever sobre um determinado tema por não conhecê-lo bem, ou por não saber como se expressar por meio da escrita. A solução para tal problema, que pode ser alcançada em médio prazo, está na leitura e na reflexão constante sobre os principais temas da modernidade.
         Apesar de todo o desenvolvimento tecnológico alcançado nas últimas décadas, a leitura ainda não deixou de ser o principal meio para obtermos conhecimento e informações diversas. Dessa forma, a sua prática é fundamental para que as pessoas conheçam diversos assuntos e diferentes pontos de vista sobre um determinado tema.
         Contudo, é necessário que as informações sejam filtradas por nosso senso crítico. Ler fofocas a respeito de celebridades, por exemplo, pode ser prazeroso, mas dificilmente acrescentará algo ao seu conhecimento sobre as principais questões da nossa época, como o movimento imigratório ou os rumos da nossa economia. Se você quer se informar e adquirir um conhecimento mais profundo sobre o mundo, é fundamental a leitura de textos informativos (notícias, entrevistas, reportagens especiais) e de textos argumentativos, como artigos de opinião, editoriais e, para quem quer uma leitura mais apurada, artigos acadêmicos. Para ter acesso a esse tipo de textos, os grandes portais de notícias, como G1 e Folha de S. Paulo, precisam ser visualizados constantemente pelos internautas. Ademais, a leitura de grandes clássicos da literatura, como Machado de Assis e Graciliano Ramos, são capazes de estimular, além do prazer da leitura, a discussão de temas complexos sobre a natureza humana, como a traição e a assimetria de poder entre classes sociais.
Além de adquirir informações e conhecer diferentes pontos de vista sobre vários temas, a prática da leitura ajuda quem quer escrever melhor a conhecer diferentes formas de expressão. Essa prática não é importante apenas para a consolidação do domínio do registro formal da língua portuguesa. A leitura fornece exemplos reais das várias estratégias discursivas utilizadas nos gêneros textuais, já que propicia aos seus praticantes padrões e amostras reais de expressão por meio da escrita. Dessa forma, é possível compreender como um autor organiza seu texto de tipo dissertativo-argumentativo, como um artigo de opinião, a partir de uma tese até chegar a uma conclusão para a discussão que propõe a seus leitores.
A leitura também nos move ao debate. Quanto mais lemos, mais preparados estamos para apresentar uma visão crítica sobre um determinado tema. Diante de uma representação ilegítima da realidade, como uma ofensa racista ou um ato de corrupção, aquele que está acostumado a ler textos que tratem desses temas estará apto a apresentar argumentos consistentes sobre o tema, pois já não lhe são mais novidades as informações e os exemplos que comprovam o ponto de vista que irá defender.
 Portanto, caso vocês queiram estar mais preparados para argumentar em contextos formais sobre temas complexos, é primordial que pratiquem a leitura cotidianamente. Dessa forma, a escrita tornar-se-á gradativamente mais natural e a qualidade do seu texto aumentará significativamente.