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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O relato pessoal: um excelente recomeço

Olá a todos!

Estamos em fevereiro e já é hora de voltar aos estudos. As festas de final de ano e as férias escolares, necessárias a crianças e adolescentes, costumam deixar os estudantes destreinados em relação ao processo de escrita. Contudo, para recuperar o ritmo necessário para fazer um bom vestibular ou o ENEM daqui a alguns meses, é necessário voltar a escrever rapidamente. E um bom começo é escrever um relato pessoal.
O relato pessoal é um gênero que já foi cobrado em alguns vestibulares, como o da UFF, e pode ser um excelente gênero para que o estudante comece a treinar a escrita. Ele é utilizado no cotidiano para que as pessoas narrem um ou mais episódios de suas vidas, isto é, trata-se de uma narrativa de cunho pessoal com enredo, personagens, espaço, tempo, descrições. Devido a essas características, o vestibular da UFF de 2009 o definiu da seguinte forma: “trata-se de uma exposição escrita de um acontecimento ou de uma série de acontecimentos mais ou menos sequenciados, em que são apresentados os seguintes elementos: quem, onde, quando, como, porque e para que”.
No que diz respeito à sua estrutura, deve-se destacar que são bastante recorrentes o uso de pronomes e verbos na 1ª pessoa do singular, já que é um gênero constituído com base em experiências pessoais de quem o escreveu. Quanto ao seu uso cotidiano, é possível verificar a presença de diversos relatos pessoais em diários pessoais, onde as pessoas costumam expor as suas experiências pessoais do dia a dia e acabam por registrar traços importantes de sua identidade – principalmente os adolescentes – ou em jornais quando alguém é convidado a falar de uma experiência muito marcante na sua vida – como um jogador da seleção brasileira contando como foi ganhar um clássico contra a Argentina.
Por ser um gênero extremamente simples em sua estrutura e claro em seus objetivos, é o gênero textual adequado para que o estudante consiga “soltar a mão” caso sinta dificuldades em escrever. A prática desse gênero ajuda o estudante desenvolver a autoconfiança, a tranquilidade e a prática de escrita necessária para se preparar adequadamente para os vestibulares.
Após essa breve explanação sobre o gênero, apresento a seguir a proposta desta postagem:

Redija um relato pessoal acerca de um fato marcante que aconteceu durante a sua vida escolar.

Nessa proposta, você pode abordar a sua relação com seus amigos, uma experiência que motivou o seu (des)interesse por uma determinada matéria, uma bagunça que aprontou com seus colegas. Enfim, há um amplo leque de possibilidades para se expressar e ficar à vontade para escrever.
Então, mãos à obra!


domingo, 26 de janeiro de 2014

Proposta de redação sobre os direitos humanos no Brasil

Olá pessoal!

            Todos sabemos que os vestibulares e, principalmente, o ENEM exigem dos candidatos o respeito aos direitos humanos. Os corretores do ENEM, por exemplo, são orientados a darem nota zero àqueles que defenderem ideias que desrespeitem os direitos humanos. Dessa forma, o conhecimento dos direitos humanos, embora não sejam discutidos de forma recorrente no cotidiano escolar, é fundamental para a elaboração de um texto nesses exames.
            Para que vocês estejam preparados nesse aspecto, criei a proposta de redação a seguir nos moldes do ENEM a respeito dos direitos humanos no Brasil.


A partir da leitura dos textos motivadores apresentados e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O DESAFIO DE SE ASSEGURAR OS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.



A Assembléia  Geral proclama: 

        A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.   

Artigo I: Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão  e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.   

Artigo II: Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua,  religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. 

Artigo III: Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo IV: Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.   

Artigo V: Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

Artigo XVIII: Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

Artigo XIX: Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.

Artigo XXII: Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.


Desrespeito aos direitos humanos avança em todo o mundo, afirma a Anistia Internacional

Por Cláudia Souza
29/05/2013

A carência de ações globais em relação aos direitos humanos está tornando o mundo um lugar cada vez mais perigoso para refugiados e migrantes, afirmou a Anistia Internacional (AI), no último dia 22, durante o lançamento dorelatório anual “O Estado dos Direitos Humanos no Mundo”, relativo ao ano de 2012.

— A incapacidade de lidar eficazmente com situações de conflito está gerando uma subclasse global. Os direitos das pessoas que fogem das guerras estão desprotegidos, disse Salil Shetty, secretário-geral da Anistia Internacional.

De acordo com Shetty, milhões de migrantes estão sendo empurrados para situações de abuso, incluindo trabalho forçado e abuso sexual, em razão das políticas anti-imigração.

— Muito disso é alimentado pela retórica populista de governos que atribuem suas dificuldades internas aos refugiados e migrantes.

O relatório Anistia Internacional destaca que em 2012, a comunidade global testemunhou uma série de emergências de direitos humanos que forçaram um grande número de pessoas a buscar segurança, dentro e fora das fronteiras dos países. “Desde a Coréia do Norte, até Mali, Sudão e República Democrática do Congo houve pessoas fugindo de suas casas, à procura de refúgio seguro. O mundo ficou observando enquanto os militares e policiais da Síria agrediam civis indiscriminadamente, e submetiam a desaparecimento forçado, detenção arbitrária, tortura e execução extrajudicial todos aqueles que consideravam contrários ao governo. Enquanto isso, grupos armados continuavam a fazer reféns, torturar e executar sumariamente em menor escala, afirma o estudo.

— O respeito pela soberania do Estado não pode ser usado como desculpa para a omissão. O Conselho de Segurança da ONU deve continuamente contestar os abusos que destroem vidas e obrigam as pessoas a fugir de suas casas. Isto significa rejeitar doutrinas desgastadas e desprovidas de moralidade de que massacres, tortura e fome não são da conta de ninguém, ressaltou Shetty, que aplaudiu a adoção pela ONU, em março de 2013, do Tratado sobre o Comércio de Armas:

— A proteção de refugiados e das pessoas deslocadas não pode mais ficar cabe a todos nós. O mundo sem fronteiras das comunicações modernas torna cada vez mais difícil esconder os abusos atrás das fronteiras nacionais, e oferece oportunidades sem precedentes para que todos possam defender os direitos dos milhões que precisaram deixar suas casas, afirmou Shetty.


Caso tenham alguma dúvida, entrem em contato por meio do espaço destinado aos comentários.

Um abraço!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Proposta de redação sobre a Copa do Mundo no Brasil

Olá a todos!

            Neste ano, sabemos que o Brasil sediará a Copa do Mundo Fifa, considerada o principal evento esportivo do mundo. Os benefícios e malefícios oriundos de sermos a sede da Copa são discutidos no dia a dia, tanto na mídia como em conversas cotidianas. Devido à importância do tema para a sociedade, a sua discussão é fundamental no âmbito da educação básica e, consequentemente, pode ser exigida nos vestibulares.
            Considerando que o texto a seguir é de caráter motivador, redija um texto dissertativo-argumentativo acerca do seguinte tema:


O IMPACTO ECONÔMICO DA COPA DO MUNDO 2014 NO BRASIL.








É inegável a visibilidade que o Brasil terá com a promoção dos megaeventos esportivos agendados, contudo os benefícios econômicos que tais eventos trarão para o país são difíceis de estimar, pois envolvem obras de infraestrutura urbana, reformas/construção de estádios, fluxos turísticos, investimentos privados (rede hoteleira, por exemplo) e divulgação internacional do país. Os organizadores geralmente alegam que eventos, como a Copa do Mundo, geram estímulos para os negócios domésticos (e.g. restaurantes, hotéis e outros negócios) e, portanto, benefícios econômicos maiores que os custos (Noll e Zimbalist, 1997). O comitê organizador da olimpíada de Atlanta estimou um impulso de $ 5,1 bilhões na economia e um aumento de 77.000 empregos (Barclay, 2009). Na maioria das vezes tais argumentos têm por base nos relatórios de impactos econômicos oriundos em estudos encomendados pelos governantes ou empresas esportivas para justificar seus investimentos, uma vez que os custos para realizar tais mega-eventos são cada vez maiores. O custo de realizar os jogos olímpicos em Atenas foi de aproximadamente R$ 24,4 bilhões, enquanto que em Londres 2012, R$ 33,4 bilhões representaram somente a parcela de financiamento público (Golden Goal, 2010).
Uma metodologia freqüentemente utilizada nos estudos de impactos de eventos esportivos é a análise de Insumo-Produto, que pode estimar os efeitos diretos e indiretos desses eventos na economia. Alguns autores consideram, entretanto, que os efeitos multiplicadores obtidos superestimam os efeitos reais, pois a metodologia utiliza hipóteses de oferta ilimitada de fatores de produção, não lida com os efeitos de substituição nem custos de oportunidade. Além disso, haja vista que os multiplicadores estão baseados numa estrutura de produção vigente da economia, não capta as mudanças que a realização do evento esportivo pode provocar nas relações produtivas. Existem também casos em que o método de insumo-produto não é capaz de captar certos vazamentos durante o evento esportivo (e.g. lucros ganhos pelo evento pode não fluir para a economia local, mas para os acionistas estrangeiros) (Barclay, 2009; Madden, 2006; Porter, 1999).
Matheson (2002) aponta que diversos estudos geralmente superestimam o impacto econômico sobre a economia local; Porter (1999) enfatiza que os benefícios previstos pelos gastos públicos nunca se materializam. Trabalhos como de Coates e Humphreys (1999) e Noll e Zimbalist (1997) não encontraram correlação entre a construção de estádios esportivos e desenvolvimento econômico regional. Brenke e Wagner (2006), ao analisarem os efeitos da Copa do Mundo em 2006 na Alemanha, constataram que as expectativas estavam sobrevalorizadas, de forma que os empregos adicionais eram somente temporários e os custos de infraestrutura e promoção da Copa-2006 foram significativos. Eles concluíram que os principais beneficiários dos eventos foram a FIFA e a German Foootball Association (DFB). Pillay e Bass (2008) apontam que, ao contrário que se espera na Copa da África do Sul, os empregos gerados pela construção de estádios são temporários e após o evento esportivo o desemprego urbano poderá subir.
Swinnen e Vandemoortele (2008) destacam algumas diferenças entre a Alemanha e a África do Sul como sedes da Copa do Mundo. A primeira diferença repousa no custo de investimentos em infraestrutura. Enquanto que na África do Sul os investimentos requeridos são altos para construir novos estádios, na Alemanha que já detinha a maior parte dos estádios, os investimentos se limitaram a adequações dos estádios em conformidade com as 4 normas da FIFA. Os investimentos em infraestrutura urbana serão maiores na África do Sul. Uma segunda diferença recai sobre o custo do capital e custo do trabalho. O custo do capital é maior em países em desenvolvimento, ou seja, dinheiro gasto no evento representa dinheiro não gasto em outras áreas, tal como o sistema de saúde. No entanto, nesses países os salários são relativamente baixos, possibilitando certa redução nos custos operacionais e de infraestrutura.
Outro aspecto diz respeito ao financiamento dos investimentos requeridos pelos eventos com recursos públicos, o que pode gerar redução de outras despesas ou elevação da dívida pública. Somente em 2006, após 30 anos da realização dos Jogos Olímpicos, a cidade de Montreal conseguiu sanar uma dívida cerca de R$ 2,8 bilhões (Golden Goal, 2010). Nesses termos, a principal questão posta é se o financiamento dos mega-eventos com recursos públicos promove um retorno mais eficiente quando comparado com os retornos de outras formas de investimentos, como por exemplo, no sistema de saúde e de educação (Swinnen e Vandemoortele, 2008). Conforme Barclay (2009), a construção de novos estádios pode aumentar atividade econômica, mas também pode elevar os custos de oportunidade para o setor público e, geralmente, tem por conseqüência a redução de outros serviços públicos, um maior empréstimo do governo ou impostos mais altos.





Caso tenham alguma dúvida, deixe um comentário que ela será sanada em breve.


Boa escrita!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Reflexões introdutórias sobre o processo de escrita



(fonte da imagem: http://vidapoemaeterno.blogspot.com.br/2011_04_01_archive.html)


Nesta postagem, vou abordar algumas reflexões introdutórias a respeito do processo de escrita, com um foco maior na importância do nosso conhecimento de mundo para escrevermos.

A escrita é uma atividade indispensável no cotidiano deste início de século XXI, já que, por meio da expressão escrita, nós agimos socialmente. O requerimento, o parecer, o artigo de opinião, o artigo científico, a resenha, o conto literário, o memorando, a ata e até mesmo os diálogos por meio das redes sociais são exemplos de gêneros fundamentais em que a escrita é o principal meio de expressão. 

Para que o indivíduo alcance seus objetivos por meio dos textos escritos que produz, é necessário que os faça com qualidade. Nesse ponto, a maioria das pessoas costuma relacionar a qualidade de um texto com a sua adequação às regras gramaticais. De fato, é um fator primordial em contextos de comunicação formal, mas é um fator que não pode ser visto de modo dissociado de outros aspectos que influenciam a produção textual.

Dentre os vários aspectos ligados à escrita, destacarei neste post a importância de sabermos sobre aquilo que temos de escrever e como ampliar o nosso conhecimento de mundo. Parece óbvio, mas esse é um dos principais problemas que envolvem o processo de escrita.

Caso a pessoa não saiba nada a respeito do assunto, nem um doutorado em Linguística ajudará uma pessoa a escrever um bom texto acerca do tema. Dessa forma, não é de grande ajuda conhecer todas as normas gramaticais se, por exemplo, pedimos para uma pessoa que nunca ouviu falar Lei Complementar nº 840/2011 discutir como ela influencia o serviço público no âmbito do Distrito Federal e suas diferenças em relação à Lei nº 8112/1990. No contexto de uma prova de vestibular ou de concurso, por exemplo, isso pode ser uma verdadeira tragédia, pois, além de abalar psicologicamente o candidato, dificulta o desenvolvimento de uma argumentação consistente.

A fim de evitar esse tipo de situação, é fundamental a leitura de vários textos sobre os assuntos que cercam o nosso cotidiano profissional, acadêmico e social. Ressalto que não basta fazer uma leitura superficial de um texto para alcançar esse objetivo, já que esse tipo de leitura pouco contribui para o desenvolvimento intelectual do indivíduo. É necessária uma leitura crítica na qual o foco esteja em apreender as principais informações e opiniões de um texto e verificar se elas são realmente verdadeiras ou coerentes com a realidade social que nos cerca. Dessa forma, precisamos estar sempre atentos em relação ao conteúdo veiculado em um texto.

A seguir, apresento algumas atitudes que podem ajudar na ampliação de seu conhecimento de mundo por meio da leitura.


1) É necessário que o texto seja lido com um olhar crítico pelo leitor;

2) É preciso ter curiosidade em procurar mais informações sobre um determinado tema;

3) Devemos sempre buscar informações acerca dos fatos mais recentes;

4) A leitura de textos de especialistas na área pode nos ajudar a delimitar o nosso ponto de vista e conhecer argumentos que o fundamentem;

5) Discutir o assunto com outras pessoas é uma excelente oportunidade para saber como os seus argumentos são recebidos e conhecer novos pontos de vista sobre o tema.


Portanto, o processo de escrita de um texto, além dos aspectos gramaticais, envolve o conhecimento de mundo que temos acerca de um determinado tema. Esta postagem, como o seu título indica, foi apenas uma introdução sobre a escrita. Nas próximas postagens, apresentarei outros aspectos fundamentais que envolvem processo de escrita e algumas técnicas argumentativas.

Um abraço!

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

As diferenças entre as relações interpessoais no mundo real e no virtual no início do século XXI

Olá a todos!

                Os vestibulares, de um modo geral, costumam cobrar temas relacionados às mudanças que as novas tecnologias acarretam para a vida cotidiana. O ENEM de 2011, por exemplo, cobrou do aluno um tema relacionado à privacidade nas redes sociais, que transformou substancialmente a comunicação entre as pessoas neste início de século XXI. Dessa forma, é imprescindível que os candidatos a uma vaga numa Universidade Pública sejam capazes de discutir esse tipo de tema.
Essa necessidade motivou a proposta de redação deste post. Com base nos textos motivadores a seguir, redija um artigo de opinião acerca do seguinte tema: as diferenças entre as relações interpessoais no mundo real e no virtual no início do século XXI
  


Redes Sociais

Redes sociais são grupos de pessoas que possuem relações e interesses comuns. A vida humana em sociedade sempre foi formada por redes sociais. No contexto da Internet, o termo é usado para denominar sítios ou aplicações Web em que é possível definir relações entre pessoas participantes de determinados serviços. Estas relações podem ser de parentesco, de amizade, profissionais, entre outras.



Ruptura e Agregação


Uma das dinâmicas esperadas em grupos sociais é sua capacidade de agregar mais pessoas e de que pessoas rompam com o grupo. Essa dinâmica é referida, pelos estudiosos das redes, como clusterização. Holland (1996) também prevê a agregação como uma propriedade dos sistemas complexos, necessária à sua evolução, já que permite que as características do sistema sejam passadas adiante pelos seus agentes.
 A clusterização é apontada, principalmente, pelo modelo de Barabási e Albert (1999). Barabási explica que há a presença de conectores em todas as redes, ou seja, indivíduos que possuiriam muito mais conexões com outras pessoas do que a média do grupo.
Conectores são um componente extremamente importante de nossas redes sociais. Eles criam tendências e modas, fazem negócios importantes, espalham boatos ou auxiliam a lançar um restaurante.
Esses conectores teriam um papel fundamental na topologia da rede, porque seriam os grandes responsáveis pelo espalhamento das informações em um determinado grupo. Além disso, a clusterização tende a produzir agrupamentos de nós muito mais densos do que o restante da rede. Essa clusterização seria o processo através do qual as comunidades apareceriam. Do mesmo modo, a ruptura é também uma dinâmica esperada em redes sociais onde o conflito prolifere. Como explicamos no item anterior, a cooperação pode gerar agregação em torno de um interesse comum (um weblog ou fotolog coletivo, por exemplo), e o conflito pode gerar desgaste, desagregação e mesmo, uma ruptura (o fim de um weblog ou fotolog coletivo, outro exemplo).
Allen (2004) trabalha com a possibilidade das rupturas acontecerem de modo “natural”. Ele explica que, de acordo com o trabalho de Dunbar, um antropólogo do University College of London, existiria um limite na quantidade de conexões que uma pessoa é capaz de manter51. Para Dunbar (1993), o limite seria biológico (referente ao tamanho do neocórtex, região do cérebro), e seria o número de 150 (conhecido por “Dunbar number”), que Allen especifica como o tamanho máximo dos grupos com laços fortes. Dentro desta perspectiva, o processo de conflito seria tão importante quanto o de cooperação, para permitir que os grupos continuassem em tamanhos nos quais fosse possível a todos os seus
membros interagir socialmente.




Você pode utilizar o espaço destinado aos comentários deste blog para apresentar o seu ponto de vista acerca do tema.

Bom trabalho a todos!


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A importância da aplicação do conceito de justiça para o Brasil no século XXI

Olá a todos!

Apresento a seguir mais uma proposta de redação nos moldes do ENEM. Ressalto que quanto mais vocês praticarem este modelo, maior será a sua facilidade na hora da prova. Assim, mãos à obra!


Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A importância da aplicação do conceito de justiça para o Brasil no século XXI, apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.




O CONCEITO DE JUSTIÇA

O conceito de justiça tem a sua origem no termo latino iustitĭa e refere-se a uma das quatro virtudes cardinais (ou cardeais), aquela que é uma constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido. A justiça é aquilo que deve fazer de acordo com o direito, a razão e a equidade.
Por outro lado, a justiça refere-se ao Poder Judicial e à pena ou ao castigo público. Desta forma, quando a sociedade “pede justiça” perante um crime, o que faz é pedir ao Estado que garanta que o crime seja julgado e castigado com a pena merecida, de acordo com a lei vigente.
Em matéria de religião, a justiça é o atributo de Deus pelo qual ordena todas as coisas em número, peso ou medida. Assim, a justiça é a divina disposição com que castiga ou compensa, conforme merece cada um.
Pode-se dizer que a justiça tem um fundamento cultural (baseado num consenso social sobre o bem e o mal) e um fundamento formal (aquele que é codificado em disposições escritas, aplicadas por juízes e pessoas especialmente designadas).
Cabe ressalvar que o conceito de justiça social é usado para fazer referência ao conjunto de decisões, normas e princípios considerados razoáveis de acordo com um determinado colectivo social. O termo permite referir-se às condições necessárias para que uma sociedade se possa desenvolver relativamente igualitária em termos económicos, e compreende o conjunto de decisões, normas e princípios considerados razoáveis para garantir condições de trabalho e de vida decentes para toda a população. (Fonte: http://conceito.de/justica)

DILEMA ATROZ

O juiz deve julgar os casos que lhe são submetidos com o objetivo de cumprir a lei ou de fazer justiça? Estranhamente, as duas posições são perigosas.
Se o magistrado se dá o direito de passar por cima das normas escritas e dos precedentes para decidir segundo sua consciência, acabou-se a segurança jurídica. O direito brotaria da cabeça do juiz, e não mais de um sistema de repartição de Poderes, como convém às democracias.
Se, por outro lado, o julgador se prende ao texto da lei, ignorando as consequências de suas sentenças, pode cometer as piores injustiças. É nessa situação que está o TSE, que precisa decidir se vai ou não conferir registro de partido político à Rede.
O grupo liderado por Marina Silva não foi capaz de apresentar as 490 mil assinaturas certificadas por cartório que a lei exige. Mas, se trocarmos as lentes do formalismo jurídico pelas da análise política, é uma piada o TSE conceder reconhecimento aos recém-criados Solidariedade e Pros, que ficam em algum lugar entre a legenda de aluguel e o partido de ocasião, e negá-lo à Rede, a única coisa parecida com uma organização política com ideologia distinguível e certa representatividade a surgir no Brasil nas últimas décadas.
O problema de origem aqui é a lei, que parece especialmente estúpida. É preciso muito amor pela burocracia para achar que coletar centenas de milhares de assinaturas de eleitores e certificá-las num cartório possa ser resposta racional a qualquer problema. Existem alternativas. Minha favorita é tornar totalmente livre a criação de legendas, mas só repassar verbas do Fundo Partidário às que obtivessem desempenho mínimo.
Voltando à Rede, a incompetência organizacional dos sonháticos põe o TSE numa sinuca de bico. Ou rasga a lei, ou comete flagrante injustiça. Penso que, se alguém tem legitimidade para ignorar formalismos, são as cortes superiores. Providenciar o pretexto jurídico é a parte fácil.

Lembrem-se de que, caso tenham qualquer dúvida, utilizem o espaço destinado aos comentários para tirá-las.

Bom trabalho!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Considerações sobre o gênero artigo de opinião

Olá a todos!
A fim de facilitar a elaboração do texto solicitado na última proposta de redação, farei algumas considerações acerca do gênero artigo de opinião.
Nesse gênero, predomina o tipo textual dissertativo-argumentativo, isto é, o seu principal objetivo é discutir um determinado tema por meio de argumentos que fundamentem o ponto de vista do autor. Dessa forma, são textos recheados de críticas, análises, contrapontos e propostas de intervenção acerca do tema discutido, o que pode influenciar a opinião e o comportamento dos seus leitores em relação a um determinado assunto.
Os artigos de opinião costumam ser veiculados em jornais, revistas e blogs. Devido à sua importância, os artigos de opinião são frequentemente escritos por especialistas no tema discutido, mas também podem ser escritos por pessoas leigas dispostas a tornar público o seu ponto de vista.
Para que você veja na prática o que é um artigo de opinião, selecionei alguns exemplos desse gênero disponíveis na Internet. Os links são:



Caso tenha quaisquer dúvidas, utilize o espaço destinado aos comentários para expô-las.  

Bom trabalho!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Proposta de redação sobre o racismo

Com base nos textos motivadores abaixo, escreva um artigo de opinião que se contraponha à seguinte frase de Daniel Alves (lateral-direito da seleção brasileira de futebol e do Barcelona): A luta contra o racismo é uma guerra perdida”. Dê um título ao seu texto.


Uma questão antiga




Copa de 1950: jogadores brasileiros já eram chamados de “macacos” / Crédito: El País


Não é de hoje que os brasileiros são chamados de “macacos” por seus dois maiores rivais no futebol sul-americano: Argentina e Uruguai. Na foto acima, após a final da Copa de 1950, torcedores uruguaios posam com um cartaz fazendo menção à vitória celeste contra o Brasil.

O futebol na Rússia, país-sede da Copa de 2018, vem convivendo nos últimos anos com sucessivos atos de xenofobia. Quando jogava pelo Anzhi e enfrentou o Zenit, clube que tem fama de não contratar negros, o brasileiro Roberto Carlos foi alvo de bananas atiradas da arquibancada.

O presidente do comitê organizador do Mundial de 2018, Alexei Sorkin, está empenhado em não deixar que o racismo seja a marca da futura Copa.



IHU On-Line – O que é preciso fazer para acabar com o racismo?

Teun A. van Dijk – Para acabar com o racismo, é preciso começar a reconhecer que ele existe, que é uma realidade diária de milhões de pessoas. É preciso investigar, informar e educar – na política, na imprensa, na televisão, na escola, na universidade e em todos os discursos públicos. Isso é imprescindível para que ninguém possa dizer que “não sabia”. É preciso informar sobre a maneira que os afro-brasileiros e indígenas vivem o racismo cotidiano em mil situações e eventos. E, em vez de investigar e informar sobre os “outros” que discriminam, é preciso sempre começar por si mesmo: qual é a posição das minorias com nós em nossa casa, em nossa universidade, em nosso jornal, em nosso parlamento?

É preciso evitar o silêncio, a mitigação, a negação e os eufemismos sobre o racismo, como um problema não nosso, mas deles. Democracia com racismo é impossível. Para uma sociedade multicultural e multiétnica, a luta contra o racismo é uma condição crucial. É preciso escrever no jornal tanto sobre racismo como sobre terrorismo ou criminalidade. Racismo é terrorismo e criminalidade. É preciso fazer investigação, juízos, legislação. Somente quando eliminarmos o racismo, todos os cidadãos poderão participar completamente da vida cotidiana, da política, dos meios, das universidades, das escolas e das empresas. É um processo longo e difícil, mas essa é a alternativa para construirmos uma sociedade democrática.

Caso tenha alguma dúvida, deixe-a no espaço destinado aos comentários.


Bom trabalho!