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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Proposta de redação sobre a baixa produtividade intelectual em sala de aula

(fonte: http://pablo.deassis.net.br/2011/09/momento-de-crise-na-educacao-brasileira/)

Olá a todos!

Muitos estão voltando das férias escolares nesta semana. Nada melhor que praticar um pouco a escrita com uma proposta de redação atual.


Considerando que os textos a seguir são de caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema:

A baixa produtividade intelectual em sala de aula: um entrave para o desenvolvimento do Brasil no século XXI

Um estudo destaca a baixa produtividade dos professores latino-americanos

“Não é fácil ficar diante de 25 pequenos de 8 anos ou de adolescentes, alguns com smartphones, e mantê-los atentos durante uma hora. Às vezes a gente não pode nem com os próprios filhos”, comentou o ministro da Educação do Peru, Jaime Saavedra, sobre a complexidade de ensinar, na apresentação do relatório Professores Excelentes. Como Melhorar a Aprendizagem na América Latina e Caribe. Depois da pesquisa em 15.000 salas de aula de sete países latino-americanos, o estudo destaca o absenteísmo e a “escassa preparação” entre as principais limitações dos docentes.

Durante o foro regional de Soluções em Educação para a Excelência dos Professores, a diretora do estudo, Barbara Bruns, explicou que, segundo os padrões de referência, os docentes têm de dar aulas no mínimo em 85% do tempo na sala de aula, mas na amostra em escolas primárias e secundárias as médias mais altas –65% na Colômbia e 64% no Brasil e Honduras– estão 20% abaixo das boas práticas. Segundo o relatório, isso “equivale a um dia a menos de instrução por semana”.

Os professores dedicam, em média, de 25% a 39% do tempo na sala a atividades administrativas e 10% a nenhuma atividade produtiva, como, por exemplo, chegar tarde, segundo Bruns. Saavedra disse que no Peru há 50.000 escolas e 30.000 pessoas que cumprem funções administrativas, incluindo os vigilantes; “Então, em alguns colégios é muito difícil para um professor trabalhar nessas condições. É preciso lhe dar pessoal administrativo, e alguma verba para gasto de manutenção da escola ou compra de materiais”, declarou.

No painel realizado na Pontifícia Universidade Católica do Peru para comentar o estudo, participaram também a secretária de Educação Básica do Brasil, Maria Beatriz Luce, o pesquisador e economista da Universidade Stanford, Eric Hanuschek; e o diretor do Instituto de políticas Públicas da Universidade Diego Portales, do Chile, Gregory Elacqua.

O Peru é um dos países da região com menor porcentual de investimento em educação em relação ao PIB, uma média de 2,7% nos últimos quatro anos. O ministro Saavedra pôs em contexto as condições em que trabalham os docentes de seu país. “O déficit de infraestrutura educativa é de 60 bilhões de soles (mais de 46,8 bilhões de reais) e no melhor ano deste governo investimos 3 bilhões de soles. Se continuamos nesse ritmo eliminaremos a brecha em 20 anos.”

Segundo o estudo Professores Excelentes, cerca de 75% dos professores da América Latina são mulheres, de posição socioeconômica relativamente baixa e que costumam ser a primeira pessoa de sua família que obteve formação universitária.

No Peru, Panamá e Uruguai a média dos professores tem mais de 40 anos. No Peru “20% dos professores tem menos de 35 anos”, observou Saavedra, apontando a necessidade de oferecer melhor remuneração para poder atrair novos docentes.

Bruns destacou como outro achado do estudo que no interior de cada escola há grande variação de qualidade e desempenho dos professores, por isso, é importante a “prática compartilhada” de boas práticas entre eles, como a que desenvolve o Ginásio Experimental Carioca, no município do Rio de Janeiro, “com ensino em duplas e tempo para trabalho em equipe”.

O estudo conclui que os docentes “fazem uso limitado dos materiais didáticos disponíveis, especialmente a tecnologia da informação e as comunicações, e em quase um terço do tempo dedicado a atividades de ensino os professores só usam a lousa”.

Dos países incluídos na amostra, Honduras e Peru são os que mais investiram na distribuição de um computador portátil por criança, mas a pesquisa constatou que nesses dois países a proporção do total do tempo destinado a essa ferramenta foi a mais baixa: 1% no Peru e menos de 1% em Honduras. Contudo, o estudo não especifica se tais escolas têm eletricidade e conexão com Internet, uma realidade comum, por exemplo, em distritos pobres do Peru.

O Banco Mundial também revelou que os alunos não participam da aula: os professores não conseguem fazer com que “todos os alunos mantenham a atenção na aprendizagem por mais de 25% do tempo de aula. Em todos os países, em mais da metade do tempo total da aula há até cinco alunos que estão desligados”.

Saavedra e Luce concordaram com a necessidade de os governos oferecerem melhor remuneração aos professores para atrair profissionais mais competentes. O funcionário peruano lembrou que a remuneração de hoje é um terço da dos anos 60. A secretária brasileira de educação básica enfatizou que os professores “são trabalhadores do conhecimento e buscam o reconhecimento de seus pares”, por isso no Brasil se estabeleceu que as melhores universidades ofereçam aos docentes programas de educação continuada.

Por outro lado, os especialistas Elacqua e Hanuschek comentaram que os professores mais competentes são mal pagos (sub-remunerados) e as políticas de bônus e aumentos deveriam estar relacionadas com a avaliação, e não com a antiguidade.

Claudia Costin, diretora de Educação no Banco Mundial e ex-ministra da Educação no Brasil, afirmou que as soluções para os problemas nesse campo se resumem a três aspectos: recrutamento, desenvolvimento e pesquisa, e que o BM pretende promover mais painéis oferecendo soluções.


As três primeiras redações postadas nos comentários serão corrigidas gratuitamente!


Boa escrita a todos.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

O papel dos BRICS para o desenvolvimento econômico e social no século XXI

(fonte da imagem: http://www.politicacomk.com.br/seminario-preparatorio-dos-brics-acontece-na-proxima-semana/)

Olá a todos!

Nesta postagem iremos discutir um tema bastante atual: o papel dos BRICS na conjuntura política global. Trata-se de um grupo de países composto por: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Para que vocês saibam melhor o que é são os BRICS e tenham acesso a informações mais precisas sobre o grupo, sugiro que leiam atenciosamente os textos motivadores e busquem mais informações sobre esse tema, pois é um assunto discutido nas aulas de geografia e, consequentemente, um assunto que pode vir a ser tema do ENEM 2014.

Com base na leitura dos textos motivadores a seguir e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O papel dos BRICS para o desenvolvimento econômico e social no século XXI, apresentando proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

As três primeiras redações postadas no espaço destinado aos comentários serão corrigidas gratuitamente!



Com quase metade da população mundial, 20% da superfície terrestre, recursos naturais abundantes e economias diversificas com elevado ritmo de crescimento, esse grupo de países já tem uma participação no PIB mundial equivalente à dos Estados Unidos e superior à dos países da zona do euro. Segundo dados do FMI, em 2007, a participação dos Estados Unidos, dos países da zona do euro e do Japão no PIB mundial foram, respectivamente de 21,4%, 16,1% e 6,6%. China, Brasil e Índia, por seu turno, participaram com 10,8%, 2,8% e 4,6% respectivamente. Enquanto o conjunto das economias avançadas participou com 56,4% do PIB mundial, as economias emergentes, lideradas pelos Brics, participaram com 43,6%.
(fonte:http://www.marilia.unesp.br/Home/Extensao/BRICs/Os%20BRICs%20e%20o%20equilibrio%20de%20poder%20global.pdf)


Dessemelhanças e identidade


Na concepção original de Jim O’Neil, apenas dois componentes identificavam os BRICS: dimensão da economia e taxas de crescimento. Tratando-se de uma construção intelectual que se propunha a detectar uma mudança em curso no equilíbrio de poder econômico, em nível global, nada mais natural que O’Neil concentrasse seu foco nesses fatores, embora seja surpreendente que tenha descurado por completo os demais. Fatores políticos poderiam lançar por terra todas as previsões que fundamentaram sua tese, qual seja, a de que o G7, na sua composição original, deixara de ser representativo.
É sabido que O’Neil jamais entendeu os BRICS como grupo com identidade própria. As diferenças entre seus integrantes eram tão óbvias que não se justificava sequer especular sobre seu potencial de autoidentificação. Tratava-se tão somente de países que, com diferentes graus de prioridade, deveriam ser cooptados pelo G7.
Passados dez anos, a realidade parece tender a confirmar as previsões de reconfiguração do poder econômico, mas com um desdobramento político (a formação do grupo), ausente do conceito original. Essa própria decisão de unir-se, contudo, é precisamente a que gera maior interesse e especulação, nos níveis político e acadêmico, dada a aparente inexistência de afinidades.
Como tem sido insistentemente apontado, são profundamente distintas as histórias dos cinco países que compõem o grupo, são diferentes seus modelos de organização social, suas experiências de desenvolvimento têm trajetórias totalmente diversas e as assimetrias em população e território são consideráveis.

(fonte: http://www.funag.gov.br/biblioteca/dmdocuments/OBrasileosBrics.pdf)

Não deixe de conferir este vídeo, em que um especialista sobre o tema discute com profundidade alguns aspectos centrais sobre o grupo.


terça-feira, 15 de julho de 2014

Sugira um tema para uma proposta de redação


(fonte da imagem: http://pt.dreamstime.com/imagem-de-stock-ponto-de-interroga%C3%A7%C3%A3o-image6906191)


Olá a todos!


Após uma... surpreendente Copa do Mundo, muitos estão voltando a estudar e nada melhor que praticar redação para isso, certo?
Já postei cerca de 20 propostas de redação desde o início do ano, isto é, disponibilizei muito material para todos aqueles que precisam de temas contextualizados para escrever redações nos formatos exigidos pelos exames de vestibular. Além disso, muitas redações foram corrigidas e comentadas por mim para que vocês possam praticar a escrita.
Como este blog tem o objetivo de interagir com os visitantes por meio de um diálogo permanente, deixarei o espaço desta postagem disponível para que vocês possam sugerir um tema para uma próxima proposta de redação. Para sugerir um tema, basta deixar a sua contribuição no espaço destinado aos comentários.
Dessa forma, você poderá contribuir para a sua aprendizagem e para a dos demais visitantes que tem interesse em aprimorar a capacidade de expressão por meio da escrita.
Aguardo o seu comentário!
Para ficar por dentro das novidades do blog, torne-se um seguidor!
um abraço,
Fernando

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Proposta de redação sobre a modernidade no século XXI

(fonte da imagem: http://viagemhoje.com/resquicios-de-uma-civilizacao-milenar-se-encontram-com-a-modernidade-do-seculo-xxi-em-pequim.html)

Olá a tod@s!
Mais uma proposta de redação que pode te ajudar a se preparar para os vestibulares deste ano e o ENEM 2014!
A modernidade é, sem dúvida, um processo que envolve boa parte da humanidade, ainda que indiretamente, nos últimos séculos. A inovação tecnológica constante e as mudanças abruptas de paradigmas na vida social são exemplos de como a modernidade nos influencia.
O conceito de que praticamente todas as inovações tecnológicas de hoje estarão bastante ultrapassadas em pouco tempo é uma verdade que está internalizada em nós. Não criamos quaisquer expectativas, por exemplo, que nossos celulares não estarão obsoletos em alguns anos ou de que não trocaremos de computador.
No âmbito da vida social, antigos paradigmas e opiniões são questionados e alterados a todo instante. O hábito de fumar, que durante boa parte do século XX foi prestigiado, hoje é visto como a causa de diversos problemas de saúde, como o câncer de pulmão. Mesmo com esse recente desprestígio, ambos os valores convivem em certa harmonia neste início de século XXI e tendem a existir paradoxalmente entre si até que um se sobressaia na opinião da população.
Tendo em vista a importância e a amplitude do tema, proponho a escrita de um texto dissertativo-argumentativo sobre:

A modernidade no século XXI: a continuidade da eterna mudança

As três primeiras redações postadas nos comentários serão corrigidas gratuitamente!

Leia abaixo, como texto motivador, um trecho da introdução do livro Tudo que é sólido desmancha no ar, de Marshall Berman.

O turbilhão da vida moderna tem sido alimentado por muitas fontes: grandes descobertas nas ciências físicas, com a mudança da nossa imagem do universo e do lugar que ocupamos nele; a industrialização da produção, que transforma conhecimento científico em tecnologia, cria novos ambientes humanos e destrói os antigos, acelera o próprio ritmo de vida, gera novas formas de poder corporativo e de luta de classes; descomunal explosão demográfica, que penaliza milhões de pessoas arrancadas de seu habitat ancestral, empurrando-as pelos caminhos do mundo em direção a novas vidas; rápido e muitas vezes catastrófico crescimento urbano; sistemas de comunicação de massa, dinâmicos em seu desenvolvimento, que embrulham e amarram, no mesmo pacote, os mais variados indivíduos e sociedades; Estados nacionais cada vez mais poderosos, burocraticamente estruturados e geridos, que lutam com obstinação para expandir seu poder; movimentos sociais de massa e de nações, desafiando seus governantes políticos ou econômicos, lutando por obter algum controle sobre suas vidas; enfim, dirigindo e manipulando todas as pessoas e instituições, um mercado capitalista mundial, drasticamente flutuante, em permanente expansão. No século XX, os processos sociais que dão vida a esse turbilhão, mantendo-o num perpétuo estado de vir-a-ser, vêm a chamar-se “modernização”.

Na esperança de ter algum controle sobre algo tão vasto quanto a história da modernidade, decidi dividi-la em três fases. Na primeira fase, do início do século XVI até o fim do século XVIII, as pessoas estão apenas começando a experimentar a vida moderna; mal fazem idéia do que as atingiu. Elas tateiam, desesperadamente, mas em estado de semicegueira, no encalço de um vocabulário adequado; têm pouco ou nenhum senso de um público ou comunidade moderna, dentro da qual seus julgamentos e esperanças pudessem ser compartilhados. Nossa segunda fase começa com a grande onda revolucionária de 1790. Com a Revolução Francesa e suas reverberações, ganha vida, de maneira abrupta e dramática, um grande e moderno público. Esse público partilha o sentimento de viver em uma era revolucionária, uma era que desencadeia explosivas convulsões em todos os níveis de vida pessoal, social e política. Ao mesmo tempo, o público moderno do século XIX ainda se lembra do que é viver, material e espiritualmente, em um mundo que não chega a ser moderno por inteiro. É dessa profunda dicotomia, dessa sensação de viver em dois mundos simultaneamente, que emerge e se desdobra a idéia de modernismo e modernização.



Veja também o vídeo do grande pensador contemporâneo, um dos mais prestigiados deste século XXI no meio acadêmico, Bauman!