(fonte da imagem: http://arttemiarktos.wordpress.com/2010/12/03/machismo-mata-feminicidio-do-privado-ao-publico-do-%E2%80%98passional%E2%80%99-a-associacao-criminosa/)
Olá a
todos!
Proponho nesta postagem o debate de
um tema bastante polêmico que chamou a atenção de todos, inclusive da
presidente Dilma, neste mês de março: a pesquisa do Ipea sobre a visão que os
brasileiros possuem sobre a identidade feminina. Segundo a pesquisa, boa parte
da sociedade brasileira possui uma visão repressora a respeito do comportamento
feminino. Como é um assunto atual que envolve o cotidiano da sociedade
brasileira, eu proponho que, considerando os textos a seguir apenas como
motivadores, redija um artigo de opinião sobre o seguinte tema:
O
discurso machista é hegemônico na sociedade brasileira?
Sugiro a leitura das seguintes reportagens para que vocês fiquem melhor
informados sobre a pesquisa:
Lei Maria da Penha não consegue reduzir
homicídios de mulheres, diz Ipea
Carolina Sarres,
A Lei Maria
da Penha não teve impacto sobre a quantidade de mulheres mortas em
decorrência de violência doméstica, segundo constatou um estudo sobre
feminicídio, divulgado hoje (25) pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), na
Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara. De acordo com os dados do
instituto, entre 2001 e 2006, período anterior à lei, foram mortas, em média,
5,28 mulheres a cada 100 mil. No período posterior, entre 2007 e 2011, foram
vítimas de feminicídio, em média, 5,22 mulheres a cada 100 mil.
Entre 2001 e
2011, estima-se que cerca de 50 mil crimes desse tipo tenham ocorrido no
Brasil, dos quais 50% com o uso de armas de fogo. O Ipea também constatou que
29% desses óbitos ocorreram na casa da vítima – o que reforça o perfil das
mortes como casos de violência doméstica.
Feminicídio é o
homicídio de mulheres em decorrência de conflitos de gênero, geralmente
cometidos por um homem, parceiro ou ex-parceiro da vítima. Esse tipo de crime
costuma implicar situações de abuso, ameaças, intimidação e violência
sexual.
Para o Ipea, o
decréscimo em dez anos é "sutil" e demonstra a necessidade da adoção
de outras medidas voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher, à
proteção das vítimas e à redução das desigualdades de gênero.
Em relação ao
perfil das principais vítimas de feminicídio, o Ipea constatou que elas são
mulheres jovens e negras. Do total, 31% das vítimas têm entre 20 e 29 anos e
61% são negras. No Nordeste, o percentual de mulheres negras mortas chega a
87%; no Norte, a 83%.
Entre os estados
brasileiros, o Espírito Santo é o que mais registrou assassinatos de mulheres
entre 2009 e 2011, 11,24 a cada 100 mil – muito superior à média brasileira no
mesmo período. Em seguida, outros estados com alta incidência de homicídios de
mulheres foram a Bahia (9,08), Alagoas (8,84) e Roraima (8,51).
Em contrapartida,
os estados com a incidência mais baixa foram Piauí (2,71), Santa Catarina
(3,28), São Paulo (3,74) e Maranhão (4,63). No caso do Piauí e do Maranhão, o
Ipea estima que a baixa incidência seja decorrente da deficiência de registro.
De acordo com o
Ipea, 40% de todos os homicídios de mulheres no mundo são cometidos por um
parceiro íntimo. Em relação ao homem isso não ocorre. Apenas 6% dos
assassinatos de homens são cometidos por uma parceira.
(fonte: http://www.brasildefato.com.br/node/26050)