Marcadores

terça-feira, 30 de setembro de 2014

A influência da Indústria Farmacêutica no diagnóstico de doenças no século XXI

(fonte da imagem: http://www.marxismo.org.br/content/bad-pharma-uma-analise-sobre-industria-farmaceutica)

Olá a todos!
MAIS UMA PROPOSTA DE REDAÇÃO!

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A influência da Indústria Farmacêutica no diagnóstico de doenças no século XXI, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

AS TRÊS PRIMEIRAS REDAÇÕES POSTADAS NOS COMENTÁRIOS SERÃO CORRIGIDAS GRATUITAMENTE

(fonte: http://biodireitomedicina.wordpress.com/2012/08/14/a-busca-por-medicamentos-contra-doencas-sem-interesse-comercial/industria-farmaceutica/)


Allen Frances (Nova York, 1942) dirigiu durante anos o Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM), documento que define e descreve as diferentes doenças mentais. Esse manual, considerado a bíblia dos psiquiatras, é revisado periodicamente para ser adaptado aos avanços do conhecimento científico. Frances dirigiu a equipe que redigiu o DSM IV, ao qual se seguiu uma quinta revisão que ampliou enormemente o número de transtornos patológicos. Em seu livro Saving Normal (inédito no Brasil), ele faz uma autocrítica e questiona o fato de a principal referência acadêmica da psiquiatria contribuir para a crescente medicalização da vida.
Pergunta. No livro, o senhor faz um mea culpa, mas é ainda mais duro com o trabalho de seus colegas do DSM V. Por quê?
Resposta. Fomos muito conservadores e só introduzimos [no DSM IV] dois dos 94 novos transtornos mentais sugeridos. Ao acabar, nos felicitamos, convencidos de que tínhamos feito um bom trabalho. Mas o DSM IV acabou sendo um dique frágil demais para frear o impulso agressivo e diabolicamente ardiloso das empresas farmacêuticas no sentido de introduzir novas entidades patológicas. Não soubemos nos antecipar ao poder dos laboratórios de fazer médicos, pais e pacientes acreditarem que o transtorno psiquiátrico é algo muito comum e de fácil solução. O resultado foi uma inflação diagnóstica que causa muito dano, especialmente na psiquiatria infantil. Agora, a ampliação de síndromes e patologias no DSM V vai transformar a atual inflação diagnóstica em hiperinflação.
P. Seremos todos considerados doentes mentais?
R. Algo assim. Há seis anos, encontrei amigos e colegas que tinham participado da última revisão e os vi tão entusiasmados que não pude senão recorrer à ironia: vocês ampliaram tanto a lista de patologias, eu disse a eles, que eu mesmo me reconheço em muitos desses transtornos. Com frequência me esqueço das coisas, de modo que certamente tenho uma demência em estágio preliminar; de vez em quando como muito, então provavelmente tenho a síndrome do comedor compulsivo; e, como quando minha mulher morreu a tristeza durou mais de uma semana e ainda me dói, devo ter caído em uma depressão. É absurdo. Criamos um sistema de diagnóstico que transforma problemas cotidianos e normais da vida em transtornos mentais.
P. Com a colaboração da indústria farmacêutica...
R. É óbvio. Graças àqueles que lhes permitiram fazer publicidade de seus produtos, os laboratórios estão enganando o público, fazendo acreditar que os problemas se resolvem com comprimidos. Mas não é assim. Os fármacos são necessários e muito úteis em transtornos mentais severos e persistentes, que provocam uma grande incapacidade. Mas não ajudam nos problemas cotidianos, pelo contrário: o excesso de medicação causa mais danos que benefícios. Não existe tratamento mágico contra o mal-estar.
P. O que propõe para frear essa tendência?
R. Controlar melhor a indústria e educar de novo os médicos e a sociedade, que aceita de forma muito acrítica as facilidades oferecidas para se medicar, o que está provocando além do mais a aparição de um perigosíssimo mercado clandestino de fármacos psiquiátricos. Em meu país, 30% dos estudantes universitários e 10% dos do ensino médio compram fármacos no mercado ilegal. Há um tipo de narcótico que cria muita dependência e pode dar lugar a casos de overdose e morte. Atualmente, já há mais mortes por abuso de medicamentos do que por consumo de drogas.
P. Em 2009, um estudo realizado na Holanda concluiu que 34% das crianças entre 5 e 15 anos eram tratadas por hiperatividade e déficit de atenção. É crível que uma em cada três crianças seja hiperativa?
R. Claro que não. A incidência real está em torno de 2% a 3% da população infantil e, entretanto, 11% das crianças nos EUA estão diagnosticadas como tal e, no caso dos adolescentes homens, 20%, sendo que metade é tratada com fármacos. Outro dado surpreendente: entre as crianças em tratamento, mais de 10.000 têm menos de três anos! Isso é algo selvagem, desumano. Os melhores especialistas, aqueles que honestamente ajudaram a definir a patologia, estão horrorizados. Perdeu-se o controle.

 (fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/26/sociedad/1411730295_336861.html) 

15 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Desde o século XX, do período de guerras a medicina tem evoluído muito e hoje doenças que não tem exame específico para o diagnóstico, como é o caso da depressão e da bipolaridade, são diagnosticadas por meio de medicamentos. A indústria farmacêutica tem investido milhões para criação de novos fármacos.
    Sendo controverso se esse grande avanço desse ramo industrial é somente para o benefício do homem. Pois ocorre que muitos profissionais, mesmo antes de saberem a origem da patologia já indicam remédios, que muitas vezes são cheios de efeitos colaterais, podendo causar até dependência.
    As doenças psiquiátricas são um exemplo disso, pois muitas se confundem entre si e dependendo da droga pode acabar piorando o paciente. Transtornos psiquiátricos são complexos e necessitam de uma atenção maior e muita terapia, e não de medicamentos milagrosos, pois isso não existe.
    As crianças também tem sido alvo, pois algumas que só requerem um desafio maior em sua condução na sala de aula são chamadas de hiperativas. Os dados estatísticos demonstram que apenas uma pequena parte da população infantil tem mesmo o déficit de atenção por hiperatividade (TDAH), cerca 2% a 3% e mesmo assim, segundo alguns estudos o consumo do principal psicotrópico que trata essa condição tem crescido 1000% em nosso país.
    Portanto, levando-se em consideração esses aspectos conclui-se que deve haver uma maior vigilância dos órgãos públicos e governamentais nas indústrias e centros de pesquisas farmacêuticas, sendo imprescindível que todos se conscientizem da situação desde os profissionais de saúde, até a população em geral, pais e educadores devem ficar atentos se estão sendo tratado quem realmente está doente e com os medicamentos corretos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pontos positivos:

      - Uso de conjunções;
      - Apresentação adequada da estrutura de um texto dissertativo-argumentativo.

      Pontos a melhorar:
      - Lembre-se de que, quando está na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, o verbo "ter" recebe acento diferencial. Dessa forma, nesse contexto, escreve-se "têm" em vez de "tem" na segunda ocorrência do verbo na primeira linha;
      - Evite retomar o século XX quando a proposta se refere diretamente ao século XXI;
      - A banca do ENEM costuma tirar pontos de quem copia dados ou estatísticas dos textos motivadores. Dessa forma, sempre use exemplos que não estejam claramente presentes nos textos motivadores;
      - Fique mais atenta ao uso da vírgula, pois na primeira linha da conclusão você deveria colocá-la após "aspectos";
      - Solicitar a conscientização e atenção não te dará pontos suficientes na competência relacionada à proposta de intervenção. Proposta de intervenção envolve legislação, ações do governo e atuação consistente da sociedade em conjunto e por grupos que possuem grande poder na atuação. Não seria melhor falar dos médicos do que dos professores e pais?

      Nota final: 560

      Excluir
  3. Medicamentos e seu uso incorreto
    Junto com a Revolução Industrial no século XVIII veio o avanço científico e tecnológico da medicina, prolongando a longevidade das pessoas. Atrelado a isso surgiram os medicamentos que são drogas que deveriam ser usadas em favor da saúde, mas que muitas vezes são utilizadas de forma errônea tendo efeito contrário. Isso é causado pela forte influência da indústria farmacêutica e pela automedicação.
    A publicidade em torno dos medicamentos evoluiu consideravelmente, e isso é um fator que preocupa os médicos e profissionais da saúde, já que muitas propagandas acabam por induzir o uso de certos fármacos que nem sempre deveriam ser usados. É muito comum, hoje em dia, por exemplo, se ver na televisão propagandas de analgésicos e antiácidos, medicamentos que se não usados de forma correta podem prejudicar a saúde.
    Além disso, a automedicação ou uso indiscriminado de medicamentos sem a prescrição médica é um problema sério, visto que antibióticos, que são medicamentos contra infecção bacteriana, muitas vezes deixam de fazer efeito porque a bactéria adiquire resistência ao antibiótico por causa do seu uso indiscriminado. Isso poderá levar ao surgimento de bactérias muito resistentes.
    Por tudo isso, é necessário leis severas e que regularizem a publicidade e propaganda de certos fármacos impedindo a influência direta sobre as pessoas . Ademais, educar a sociedade em relação ao uso correto, ou seja, com prescrição médica, dos medicamentos também é fundamental para que possamos ter uma sociedade saudável e com bem-estar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pontos positivos:

      - Defesa clara de um ponto de vista;
      - Boa organização das ideias;
      - Uso correto de conectivos.

      Pontos a melhorar:
      - Evite se referir ao século XVIII quando a proposta solicita a discussão do problema no século XXI;
      - Em sua proposta de intervenção, você precisa ser bastante específico. Faltou você falar quais seriam as leis e que produtos seriam impedidos de serem veiculados em propagandas;

      Nota final: 840

      Excluir
    2. Obrigado Fernando!!! Excelente trabalho... Deus te abençoe!!!

      Excluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  5. "Deixe a comida ser sua medicina,não a medicina a sua comida".Com essas palavras,de Hipócrates , o pai da medicina dizia claramente que a saúde de um idividuo está relacionada com a alimentação,e não com o uso de medicamentos.Infelizmente,não é dessa forma que a maioria da populução mundial pensa a respeito.Dessa forma,tornam-se necessários avaliar os reias motivos pelo qual levam os indivíduos a optarem pelos remédios.
    É preciso considerar,antes de tudo, os fatores sociais implicados no processo.Pelo fato de a sociedade viver em um mundo atribulado e multitarefa,alguns efeitos colaterais começam a surgir, estresse,dores de cabeça,insonia,falta de apetite,por exemplo.Para lidar com essa situação, indivíduos procuram soluções a curto prazo para sanar esses problemas.Assim,a unica solução mais viável é uma consulta ao médico que ,na maioria das vezes, receitam uma enorme quantidade de medicamentos.Esses remédios,contudo,não contribuem para curar a doença -ou quer que seja o problema,e sim ,somente, o remedia.
    É preciso considerar ,ainda,o atual método de ensino na formação dos médicos, aliado ao controle que as industrias farmacêuticas têm sobre a faculdade de medicina.Devido ao fato de os estudantes aprenderem muito pouco sobre nutrição e a maior parte sobre como curar doenças a partir dos medicamentos,a população fica a mercê desse último íten .Como resultado,os médicos receitam os mais variados tipos de remédios,para os diversos tipos de problemas que o paciente apresenta.Logo,o que se tem é uma população dependente dessas "drogas",uma vez que elas somente aliviam os sintomas.Com isso,a indústria farmacêutica cria um desvaneio,fazendo acreditar que os problemas só se resolvem com comprimidos.
    Fica evidente,portanto,que a farmacologia tem um alto poder de influência sobre a sociedade,no que diz respeito ao consumo demasiado de remédios.Para reverter esse quadro é preciso que a família e a escola,células base de formação da sociedade,promova o senso crítico das crianças e adolescentes para que elas não aceitem as facilidades oferecidas para se medicar e ,com isso,cresçam aprofundando cada vez mais essa noção.A mídia também pode ajudar,promovendo campanhas conscientizadoras,por meio de novelas,filmes e,até mesmo,propagandas.Faz-se necessário também que os indivíduos troquem os medicamentos por uma alimentação mais saudável o que,de fato ,trará inúmeros benefícios para sua saúde .Resta saber se todos os indivíduos estarão dispostos a atuar juntos nesse processo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pontos positivos:

      - Ótima argumentação;
      - Conhecimento sobre o tema;
      - Abordagem sobre aspectos fundamentais sobre o assunto;
      - Uso correto de conectivos para ligar as suas ideias na defesa de um ponto de vista.

      Pontos a melhorar:

      - Fique atento à concordância verbal, pois a forma verbal "tornam-se' deveria estar no singular;
      - Revise seu texto com atenção para evitar erros gramaticais, como "ou quer que seja";
      - Seja mais sucinto, pois o tamanho do seu texto extrapola as 30 linhas exigidas pela maioria dos exames do tipo vestibular, como o ENEM;
      - Na sua proposta de intervenção, faltou você ser mais específico em relação àquilo que a família e a escola podem fazer para intervir de modo direto em relação ao problema.

      Nota final: 900

      Excluir
  6. Fernando,muito obrigado mesmo-pela correção da redação,pelas dicas de atualidade...excelente trabalho que você realiza e ,de fato, está ajudando muita gente,valeu (...).

    ResponderExcluir
  7. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  8. Entre as décadas de 30 e 40, avanços nos ramos da química e biologia possibilitaram a criação de fármacos com alto grau de eficiência no combate a doenças. Devido a isso, houve uma expansão na indústria farmacêutica que perdura até os dias atuais. No entanto, atualmente, a imagem desta, vem se tornando péssima devido a “comercialização da saúde” efetuada em larga escala pela mesma.
    Segundo o Doutor Richard J. Robert, prêmio Nobel em Medicina, a indústria farmacêutica por não ser sustentável, acaba por criar medicamentos, os quais devem ser consumidos por um longo período de tempo, e em alguns casos, durante a vida inteira.
    De frente a esse problema, o secretário geral do OMS(Organização Mundial da Saúde), também relata que, 90% das pesquisas de fármacos, recebem uma taxa de 10% do total de verbas destinadas aos setores de saúde, e esse, provavelmente, é um dos grandes motivos da criação de medicamentos inapropriados, os quais visam unicamente o lucro. Por esse motivo, a maioria das indústrias farmacêuticas, direcionam suas produções especificamente à países desenvolvidos, obtendo dessa forma, ótimas vantagens comerciais.
    Diante disso, medidas como a estatização dessas empresas e o maior envio de verbas, apresentam alta significância na resolução dessa problemática. No entanto, é necessário também, a criação de programas que estruturem de forma mais adequada o saneamento básico, afinal, sabe-se que uma grande quantidade de doenças na atualidade são oriundas de um péssimo sistema de esgotos. Dessa forma, haverá uma redução de alta relevância na “venda de saúde” por parte das indústrias farmacêuticas, pois é quando se ataca as causas do problema que a sua solução se torna algo de maior probabilidade.


    (Eu senti que a 2° parte da proposta de intervenção ficou um pouco desconexa. Mas eu agradeço se o senhor avaliar).

    ResponderExcluir
  9. Agora que eu percebi, a minha redação foi a quarta kkkkkkk... caso o senhor sinta compaixão de mim e corrija a redação, ficarei muito grato.

    ResponderExcluir